Certo dia, já havia acabado a aula e eu estava indo para casa, a pé como de costume. Moro a dois quarteirões do colégio, mas tenho medo, pois acontecem muitos assaltos por aqui. Assim que coloquei os pés na rua, ouvi uma sirene, parecida com um alarme, vindo da direção da minha casa. Poderia ser um assalto, então, eu deveria voltar para o colégio. Mas e se eu pudesse ajudar, simplesmente ligando para a polícia? Nesse caso, eu deveria ir ver o que era. Comecei a andar, mas logo parei. Se os bandidos tivessem armas, se me vissem poderiam atirar logo em mim ou me prenderem como refém, para quando a polícia chegar.
Espera aí! Poderia não ser um assalto e se fosse um pequeno incêndio? Os prédios são tão altos que nem daria para ver a fumaça, antes que ele aumentasse muito. Eu tomei coragem e fui andando para casa, como se nada tivesse acontecido.
Quando cheguei lá, realmente parecia que nada tinha acontecido. Perguntei a minha mãe o que havia disparado o alarme. Ela falou que um gato tinha entrado na casa vizinha. O dono da casa sempre liga o alarme contra ladrões quando vai trabalhar. Eu estava me preocupando à toa.

Marjory B. L. Tavares