O resgate
Moro em uma cidade bastante pacata, monótona mesmo, em que nada acontece (pelo menos até ontem).
Foi uma manhã de abril, e a nossa aula terminou mais cedo, por esse motivo, não havia ninguém na rua, e ela estava ainda mais deserta e tranqüila do que o habitual.
Estava me preparando para ir para casa quando ouvi ao longe uma sirena soando; logo lembrei-me de um filme a que havia assistido no cinema, em que a mocinha estava presa em um prédio em chamas e os bombeiros eram acionados para controlar o fogo, mas quando chegavam lá, o mocinho já havia invadido o prédio e regressava com sua amada em seus braços. Ele, muito machucado, mas ela totalmente ilesa (emocionante, não é?). Então, inconscientemente associei o barulho àquela cena e comecei a gritar descontroladamente: “salvem-no!” “salvem-no!” , até que minha amiga chegou e perguntou-me o que havia acontecido; quando lhe expliquei o que se passava (exceto sobre a cena do cinema, claro), ela quis saber se eu conhecia o gato, que havia ficado preso em uma árvore.
No final, nada de prédios em chamas, nem de atores e atrizes e muito menos dramas se desenrolando aqui, em nossa pequena cidade, havia apenas um gato indefeso, uma árvore malvada e uma dona desesperada.
Marília Lacerda 9º ano
quarta-feira, 18 de junho de 2008
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